segunda-feira, 22 de novembro de 2010

...02/11...


Dia 02 de novembro. Não acredito ser este um dia mais doloroso que todos os outros a partir de 21 de março de 2007, mas é um dia diferente – de reflexão. É o dia dedicado àqueles que nos deixaram. Aqueles que vivem em nós, mas não são mais presença física. Fui ao cemitério hoje, visitar o túmulo de minha avó. Me faltaram palavras nas minhas orações. Mais um ano não queria estar ali, escolhendo a melhor flor que combinasse com ela. Ao lado de minha mãe, não tive forças pra pensar no que havia acontecido. Minha avó se foi... O nosso silêncio, naquele momento, foi a nossa dor. Há momentos na vida em que se formos parar pra pensar nas perdas, nos desequilibramos. Hoje o cemitério estava lotado. Em cada visitante via-se estampada uma história de vida, uma dor, uma saudade. Ainda não sei uma fórmula de encarar melhor a morte. Não tenho, infelizmente, sabedoria e discernimento para entender a ausência de quem eu amo. Poucos aqueles os que sabem da minha dor e, às vezes, acreditem, uma ínfima revolta. Só me resta encarar a morte, na certeza de um reencontro.