quarta-feira, 3 de novembro de 2010

...Somos uma...


A gente acorda, trabalha, dorme. E acorda, e trabalha e dorme. E de repente... dói. Aquele vazio, aquela falta que ninguém supre. No fim da tarde, a subida da rua... nada é igual. Ausência. Novela: ausência. Doença: ausência. Falta. Dor. Presença da alma? Sempre. Ausência do tato, do carinho físico, do cuidado, do tratamento, da companhia, da respiração, do olhar, das mãos, da risada, da frutinha cortada. A saudade aperta. Corrói e diminui o coração. Sinto-me um grão ante a imensidão do amor que tenho por você, vó. Sinto-me impotente por não ter como voltar àquela nossa vidinha, às nossas conversas e nossos cafés. Como fui feliz. Como a senhora me deu exemplos de vida, exemplos de amor, exemplos de paz no olhar, de serenidade, de vó. Queria uma tarde daquelas. Queria um cheirinho seu. Aliás, queria a eternidade ao seu lado... e eu sei que vou ter. Me espera, vó... com bolachinha de chocolate e salada de tomate. Aí a gente vai sentar, conversar e matar a saudade... Talvez nem a eternidade supra toda a dor e toda a falta que estou sentindo. Mas é tempo suficiente pra que eu possa te amar por todo o tempo, pra todo o sempre. Somos uma... Me espera...!