quarta-feira, 29 de junho de 2011

... Distantes...


Sem acesso nenhum
O que a distância nos faz?
Ausentes demais
Desconhecidos, no mais.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

...Confiança...


Fui silente quando o coração se abriu
Cedi espaço para a verdade, outrora fantasia
Me situei agora, quando provei o oculto
Nesse olhar de transparência e revelia
Admirei revelação de laço firme,
Firmei a nostalgia.

domingo, 19 de junho de 2011

...De tão sua...

De tão sua me perdi em vontades
Sem deixar que os sentidos fossem verdades
Sem saber que as verdades não eram imutáveis
Sem sentir que o que me restou era só ela:
Tão solta e resistente saudade.
De tão sua te fiz minha metade
Sem pedir um início, um meio e nenhuma finalidade.




quarta-feira, 15 de junho de 2011

...Aonde você quer chegar?...


Não faz muito tempo, me fizeram uma pergunta  que, sinceramente, veio pra “balançar” meus conceitos:  “Aonde você quer chegar?” .  Silêncio. Tudo o que eu havia falado perdeu a justificativa e o porquê. Fiquei com aquela pergunta irritante – me perdoe, Mary – martelando e martelando. E essa perguntinha rendeu pensamentos – que me fizeram parar aqui.  Por isso, amiga, de tão curiosa e instigante que sou, venho responder àquelas perturbantes quatro palavras e, pra finalizar, o surpreendente ponto de interrogação. Não espere nada muito coerente, mas prometo sinceridade. Vamos lá... Não vou te  falar aonde quero chegar, mas posso adiantar como quero chegar. O lugar para onde vou, de verdade, pouco importa. É claro que eu vou definindo caminhos que acredito serem os meus. Tenho traçado rotas diárias – repito: diárias, contornando momentos, porque quero chegar, sim, a algum lugar. O meu “ponto final” e meu “local de parada” não estão em nada definidos aqui. Nada disso me pertence. Aonde quero chegar, aonde vou parar, deixo pra saber depois que estiver lá! O que me movimenta, agora, é a maneira como vou chegar, como vou trilhar, quais emoções vou passar. O que eu quero é sentir o trajeto, desfrutar o caminho, angariar experiências e aproveitar cada passo. Quero o retorno de uma atitude minha, o acerto depois do deslize e uma leve parada pra me refrescar. Quero pessoas de bom-humor, incentivo num sorriso e um abraço pra me confortar. Quero amigas presentes e insistentes, que me façam amar. Quero amor na rota, celebrar conquistas, mudar o sentido quando o corpo suar. Quero a família comigo, do início até o fim, das várias formas que ela possa estar. E a saúde completa, de ponta a ponta, para que eu possa, enfim, da melhor forma avançar. Quero lágrimas de orgulho, olhares marcantes e coração pulsando até me cansar. Quero olhar pra trás, reviver o conjunto e fazer da trajetória muito mais que um lugar.

terça-feira, 14 de junho de 2011

...Parte de mim...


Parte de mim ficou por lá
É o que hoje me parte...
Do lado de cá.
É o que te separa
Do meu bem-estar
É a falta da época
Que insisto em voltar.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

...Pra você...

Ei, moça do sorriso largo. Eu sei que hoje não foi um daqueles melhores dias. E esse frio vem pra ajudar: a sensação de carência parece triplicar. Aí a gente se encontra com a gente. É você e mais ninguém. Dúvidas e incertezas batem à porta. E você se enche de perguntas que, cá entre nós, amanhã serão somente perguntas. Meras perguntas. A vida te trará as respostas, pode acreditar. E sabe o que é o pior? Aliás, sabe o que é melhor... ? As respostas estão escancaradas na simplicidade. Não complique nada. Proceda da forma mais simples. Deixe que o tempo toma conta dos nós que ele mesmo faz. Ele desfaz, minha amiga. Às vezes não queremos e nem devemos enxergar, sabia?  “Sacode a poeira”, porque o tempo corre nesse seu relógio. A vida passa enquanto você se indaga. E não vou falar que hoje você não precisa ficar assim. Hoje você precisa dessa invasão de incertezas. É saudável de vez em quando. Isso faz clarear o caminho.  Pense no risco da não-comodidade - vale à pena. Eu já tive um dia destes também. E no outro dia, às 07h57m, nasceu um novo sol pra mim. E uma chance única de viver perto de quem me faz bem. Faça valer.  

...E você nem sabe...


E você nem sabe o que eu carrego,
Do que deixei, do que cresci.
Do que acresci.
E também do que senti. Do que sentiram.
Você nem sabe da minha força,
Da minha maior fraqueza
E do meu perigo.
Mas vem comigo...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

...O que me acrescenta...


Nasceu aqui, hoje, um sentimento sincero
De gratidão imensa,
Por cada pessoa que preenche espaços
Dessa minha vida densa
E que acrescenta,
Complementa,
Me sustenta.


quinta-feira, 2 de junho de 2011

...Tudo Passa...



É com muito carinho que atrelo cena/poema num flash de Tahis Carvalho, meu orgulho de amiga e profissional.
 
Na memória, uma juventude
Traços, planos e, agora, plenitude
Na praça, em paz, naquele som ele parou
Sentiu lembranças, reviveu fragrâncias
Juntou fragmentos de uma vida inteira
A saudade, ali, se mostrou certeira
Por um instante, tudo passou...





quarta-feira, 1 de junho de 2011

...Plurais...


Toquei ferida sem previsão alguma
Vi seu receio em traduzir o ‘nós’
Faço registros sem pretensão nenhuma
Deixo plurais pra decifrar a sós.