quarta-feira, 27 de outubro de 2010

... ? ...


Aos cacos. Lidando com o desconhecido.
A certeza de que nunca tenho certeza.
Medo da solidão. Seria de mim?
Descontentamento. Fuga. Seria de quem?
Fundamento. Seria por quê?
Desvio de rota. Caminho traçado. Seria este?
Arrependa pra ver. Seria certo?
Afinal, quem seria esta menina? Seria eu?

... Chão ...


A gente perde o chão, sim.
E perde o sentido. Que sentido faz?
E se perde no tempo.
E volta, também.
Pro chão.
Que chão?
Esse aqui... Da mente.

... Elas ...



Amizade: “Afeição, estima, dedicação recíproca entre pessoas do mesmo sexo ou de sexo diferente: laços de amizade. Amor. Benevolência, favor, serviço: provas de amizade”.  Eu tenho orgulho de dizer que tenho amigas verdadeiras. Deus me presenteou com valores extras à minha personalidade. Tenho amigas que me completam, cada uma a seu modo.  São meu refúgio, minha fortaleza, meu colo. E como quero sempre extrair um sorriso, um abraço, uma história das minhas amigas. Quero história com elas. Quero participação. Como é bom saber que estamos maduras a ponto de nos valorizar.  Minhas amigas são minha base. Eu sei que estão ali. Meus momentos ficam iluminados com pessoas que me completam. Sou completa assim: com o brilho delas.

... Almoço em Paz ...


Dia das Crianças. Sol. Feriadão. No shopping, uma cena de 40 minutos foi suficiente para minha indignação e rejeição ao modelo de família ali instalado. Quatro pessoas: pais e dois filhos. Uma menina de 8 ou 9 anos, loira, linda. Narizinho marcante. Um jovem, irmão de 15  anos, no máximo. Adolescente. Os pais: feições fechadas, nada consoantes com o dia que estavam vivendo. Um grito da mãe: - “Me deixem almoçar em paz”! E ela almoçou ali, da forma que queria: em paz. Sem um sorriso da filha, que “secava” os olhos do pai e da mãe. Mudos. Olhar triste – não era ali uma criança. Não vi um olhar de felicidade. Ao contrário... Olhos tristes, profundos... De experiência, podem acreditar. E o menino... Impaciente. Qualquer outro programa seria melhor do que aquele “almoço em família” no dia 12 de outubro.  O pai parecia ter sido arrastado àquele lugar. A mãe, nervosa, não falou uma palavra sem ser o seu “desabafo”.  Confesso que fiquei estagnada, perplexa com aquilo que vi. Que impressão ruim me causou. Que família era aquela? Que PAZ a mulher almejava? Que conceito de união prevalecia? Que sensação ruim me deu pela certeza de que hoje as relações estão estremecidas, frias. As famílias estão perdendo o sentido. Imagino tão diferente um dia das crianças com meus filhos. Penso como deva ser a convivência naquela casa, a projeção de futuro daquelas crianças, a esperança no amor. E isso acarreta uma consequência imensurável. Filhos infelizes que se tornam pais infelizes e o conceito “família” vai minguando, passando de geração para geração. Bom, a minha parte vou fazer como mãe e como filha. Deixar a vida passar sem amor assim... ? Só como espectadora.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

... Viva! ...


Desinquieta-se. Arrisque-se. Vire o jogo.
Mude a rotina. Inverta os papéis. Não se acomode.
Erga-se. Recrie. Invente.
Experimente. Liberte-se. Reinvente-se.
Inove. Presencie. Seja presença.
Conquiste. Surpreenda. Compreenda.
Solte-se. Mexa-se, mas mexa-se muito.
Agradeça. Acredite. Lute.
Viaje. Ria. Chore... Mas de alegria.
Ouça. Fale. Sinta. Escute. Toque.
Ame. Emocione. Admire.
Torça. Vença. Supere.
Perdoe. Tente. Reflita.
Aprenda. Ensine. Contagie.
Ajude. Apaixone-se. Comemore.
Recomece SEMPRE. Renasça.
A vida espera vida de você...

Viva!

...Obrigada, Deus...

E hoje me deu uma vontade de escrever, porém, sem nenhuma inspiração. Escrevo para me libertar. Escrevo para me entender. Escrevo pra mim. Quem dera a minha escrita fosse resposta pros meus sentimentos. Eu escrevo sempre por tentar encontrar essa resposta, ou pelo menos um caminho que transpareça a minha consciência. Não sei se o que escrevo são verdades ou ilusões que eu mesma carrego. Fuga? Talvez não. Pelo contrário: encontro, busca. E aqui, hoje, junto à minha falta de inspiração, quero somente agradecer a vida que eu tenho. Eu sei que vim aqui pra aprender e, intimamente, sei que ainda há o que transmitir para aqueles que estão à minha volta. O fato de viver é maravilhoso e fazer com que a vida valha a pena é ainda mais significante, mais valioso. É o que tento todos os dias. Extraio da beleza da natureza a minha fonte divina, a certeza de uma força maior. E a presença de Deus é tão plena em mim. Obrigada, Deus, por fazer de mim sua eterna aprendiz...

... " O bicho vai pegar! " ...


A frase soada por meu pai, todos os domingos acerca de 22h é: “Amanhã o bicho vai pegar”. Já é instalada em mim a sementinha da rejeição à segunda-feira, que, convenhamos, não se faz como um dos melhores dias da semana. Ok. Mas ouvir todos os domingos que a segunda será pior do que já me parece é simplesmente terrível. Já fico com a sensação de que a segunda-feira não será um bom dia ou que, pelo menos, irei trabalhar sem “aquela energia” pra encarar esse inevitável “monstro”. Faço esta crônica em homenagem a meu pai, que por tantas segundas, terças, quartas, quintas e sextas-feiras viu “o bicho pegar”. Eu sei, não é fácil administrar uma empresa e fazer com que tudo saia conforme o planejado, mas esperar que no dia seguinte o bicho “pegue” é tortura. Façamos por onde “pegar este bicho” e não que ele nos pegue.  Este “bichinho” que nos pega por tantas vezes deve-se à importância que damos a ele e, também, ao espaço. A espera por um dia melhor e o modo com que a vida é levada faz com que esse bicho ao menos tenha lugar para se instalar. Tenha como parasita o otimismo. Recomendo este bichinho. O outro...  qual seja, o pessimismo ... Esse pega. Ah, se pega. Corra dele. Livre-se dele... Porque se você não correr ele te come . E te consome.
 

... “Não me conheço senão através de ir vivendo” ...



A frase que me incita hoje é: “Não me conheço senão através de ir vivendo”, de Clarice Lispector.  Bingo! Me identifiquei. Talvez muita gente também se identifique, pois d-u-v-i-d-o que há forma melhor de autoconhecimento que o simples “viver”. É claro (e não raro) que nos perdemos às vezes e até colocamos nossos atos em dúvida, mas há aprendizado sobre você mesmo SEMPRE. Pronto. Houve aprendizado? Houve autoconhecimento. Se não houve aprendizado e não tocou seu coração, há muita água para rolar. Você ainda não se encontrou. Além de você, ator principal desta caminhada, há ainda o coadjuvante desta “brincadeira” e confesso que sem ele, me perderia em cena: o tempo. Companhia perfeita. Com ele começo e encerro meu ciclo. É ele quem clareia e me estampa a verdade. Seja ela dolorida ou não. Conhecer-se demanda tentativas, atitudes, ação/reação... Tudo no seu tempo. Somente assim, na VIDA, é que você será apresentado a si mesmo e além da tua carcaça, você tem, a cada dia, a oportunidade e o prazer em desvendar-se.  Que maravilha... E você?  Está se conhecendo ou apenas vivendo?

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

... Meu noivo está vivo! ...


Com 24 anos, faltando ainda poucos meses para completar um quarto de século, penso: “Como será meu casamento”? Passado um tempinho em que já pensei nas músicas, no meu vestido, no cabelo e na igreja, lembro-me do principal: “ E o noivo”? Você já imaginou que meu noivo e também o seu, leitora “solteira” como eu, esteja vivo? Aquele que irá ser pai dos seus filhos, que será seu companheiro na velhice e nos principais momentos de sua vida está neste mundo, passeando pelo shopping ou pescando em Mato Grosso? Aonde ele está neste exato momento? E de saber que ele existe me dá um aperto. Poderia ser mais simplificado, não é mesmo? Alguém poderia apontar qual seria o meu maridão: “Renata, de acordo com as pesquisas, ‘fulano’ se encaixa perfeitamente no que você pensa sobre um homem, sobre a vida e um futuro... enfim, é feito pra você!”. Que ótimo alguém encontrar o príncipe de cavalo branco, mais ou menos aos 23 anos e apontá-lo como o seu futuro companheiro. Aí é só correr pro abraço. Vamos combinar que essa história de ficar “caçando” o “the big one” não está com nada. Pisemos no chão: perfeição não existe não.  O sapinho que, às vezes, você não dá naaada poderá ser seu marido, quem sabe. Abra-se mais. Conheça pessoas diferentes. Encontre seu marido em um ser humano. Exija menos. Sugue as qualidades e case, sim. Acredite no casamento. Acredite no amor, na imperfeição e no complemento. Complemente. Acredite na vida a dois... Invista. Às vezes aquele sapinho, sabe aqueele?? Pois então, pode virar um príncipe maravilhoso, com defeitos, mas perfeito!